Todo o ser humano é um artista.

“ Toda a criança nasce artista,

O desafio é permanecer artista ao crescer”.

Pablo Picasso

Ser #artista é inato.

Se colocarmos à disposição de uma criança, tintas, barro, tesoura, papel… Ela começa logo a construir figuras, a explorar sua expressão, espontaneamente e sem medos.

Na infância todos sabíamos desenhar, cantar, dançar. O impulso artístico é muito forte nos primeiros anos de vida pois a criança está numa fase de maravilhamento, de imaginação, de constante questionamento e pensamento divergente.

Contudo por volta dos 5 anos com o domínio da gramática, emerge a capacidade de fazer comparações críticas. A alegria de criar esbarra com os limites da sua capacidade para reproduzir de forma percetível. É nessa fase que se deve fomentar o crescimento artístico para que a centelha da #alegria não se extinga.

Se houver estímulo e reforço adequado no ambiente onde a criança se desenvolve, essa #criatividade pode ser mantida até à fase adulta. Mas infelizmente, seja por autocrítica ou por julgamentos dos adultos, muitas pessoas perdem essa capacidade com o passar dos anos.

Temos de lutar contra essa #tendência!

Como voltar a acender a centelha criativa?

Oh… eu não tenho #imaginação nenhuma, não tenho ideias, não tenho jeito… Falso!

A criatividade e o jeito de aplicar uma técnica são competências que se treinam. Toda a gente pode aprender as aptidões para ser criativo: podemos aprender a ser observadores, sensíveis, flexíveis, tudo se pratica. Ganhar o gosto por #explorar, #investigar, #experimentar.

A criatividade é exponenciada com motivação e esforço, e, não esquecer, ter um olhar carinhoso para connosco, confiarmos que com a regularidade chegaremos lá. Não desistir logo à primeira. Fazer com gosto é o principal e não dar ouvidos àquela vozinha crítica que existe na nossa cabeça.

Mas na prática como podemos fazer?

Criar rotinas criativas. Não é fácil, mas como se costuma dizer, primeiro estranha-se depois entranha-se.

1- Colecionar ideias:

- Usar um caderninho para anotar pensamentos, fazer desenhos, registar observações, a letra de uma canção nova que ouviu na rádio. Uma piada engraçada. O dia a dia é rico em estímulos que podem nos despoletar ideias mais tarde.

- Fazer registos das mensagens do subconsciente, para os #artistas esta é a mais valiosa informação. Eu tenho um caderno onde aponto os sonhos e as imagens que me surgem durante meditações ou momentos de abstração proporcionados por música ou atividade física.

2- Atreva-se a experimentar.

Inscreva-se em #workshops de técnicas que não conhece. Experimente um desporto/atividade física diferente. Vá a um concerto de uma banda nova. Vá para casa por um caminho que nunca foi. Faça experiências! Desconstrua alguns hábitos, ideias novas não surgem se os comportamentos forem sempre os mesmos.

3- Praticar, praticar e fazer com amor!

Quando finalmente estiver a construir a sua obra de arte não se esqueça que o que importa é o que sente quando a realiza. O sentimento de amor que coloca na peça ao fazê-la com as suas mãos. Trabalhar num processo de escuta interior que o leva a um maior conhecimento de si próprio. Essa é a verdadeira arte. Voltar a ser #criança! Ainda que a técnica possa não estar perfeita, a certeza é que aquele objeto será especial. Ninguém conseguirá fazer outro igual pois ao construí-lo com amor, tornou-o seu.

Mãos à obra!